Uma grande percentagem dos licenciados portugueses possui uma necessidade primorosa de realizar formação contínua e/ou pós-graduada, como meio de complemento metodológico e conteudístico das matérias curriculares basilares. Em particular, no mundo dos profissionais de saúde, existe uma tendência enorme para a realização de formações complementares, assim como outras de índole mais académica. As necessidades de formação complementar e ou pós-graduada são vistas como de índole obrigatória para o normal e sapiente progresso profissional, mas não deixa de estar latente, no registo dessas mesmas multi-formações, uma enorme cabala comercial.
Deixemos bem sublinhado que, sendo insuficiente a formação curricular de base, há, verdadeiramente, uma grande necessidade de realizar formação avançada e/ou pós-graduada, isto se se quiser constituir um profissional de excelência. Nesse sentido, toda a formação constitui um investimento no futuro profissional.
Porém, nem sempre se dá atenção ao “outro lado” da realidade das formações pós-graduadas: o lado do marketing abusivo ligado à grande máquina comercial que medeia todo o processo e linhas de formação.
Deixemos bem claro que os grandes contribuintes para o aparelho comercial de formação pós-graduada constituem os recém licenciados; os mesmos, que, tendo acabado de sair das escolas e universidades, e tendo sido lançados impunemente no agressivo mercado de trabalho, se sentem bastante inseguros relativamente às suas capacidades e competências profissionais. São estes mesmos jovens que têm grandemente contribuído para encher as “vagas” de pós-graduações, para além de formações avançadas diversas. São eles os grandes contribuintes financeiros das empresas de “formação avançada”. Sem grande consciência da máquina comercial que medeia a “indústria das formações”, assim como das necessidades financeiras das universidades que criam mais e mais pós-graduações, os jovens recém licenciados, enchem os seus currículos de mais e mais certificados com vista ao preenchimento de uma qualquer falha narcísica mais primitiva.
Quer isto dizer que, aparte a grande necessidade de formação contínua e avançada, há uma grande indústria de formação profissional e académica que tende a encher-se de dinheiro a partir dos bolsos dos pais dos jovens inseguros. Que grande ilusão! Mais e mais certificados não irão trazer o merecido emprego. Irão somente contribuir para dar mais competências a jovens que irão mais certamente realizar actividades não qualificadas. Irão também contribuir para a multiplicação de mestres e doutores num país que valoriza cada vez menos essas qualificações e emprega cada vez menos licenciados.
É preciso agir face a tal oferta de formações. É preciso agir no sentido de informar, alertar os formandos para a realidade da máquina comercial que medeia as escolas e institutos de formação avançada. A formação é fundamental, mas deve ser bem gerida e adequada às reais necessidades dos formandos e do mercado a que as mesmas se destinam.
Deixemos bem sublinhado que, sendo insuficiente a formação curricular de base, há, verdadeiramente, uma grande necessidade de realizar formação avançada e/ou pós-graduada, isto se se quiser constituir um profissional de excelência. Nesse sentido, toda a formação constitui um investimento no futuro profissional.
Porém, nem sempre se dá atenção ao “outro lado” da realidade das formações pós-graduadas: o lado do marketing abusivo ligado à grande máquina comercial que medeia todo o processo e linhas de formação.
Deixemos bem claro que os grandes contribuintes para o aparelho comercial de formação pós-graduada constituem os recém licenciados; os mesmos, que, tendo acabado de sair das escolas e universidades, e tendo sido lançados impunemente no agressivo mercado de trabalho, se sentem bastante inseguros relativamente às suas capacidades e competências profissionais. São estes mesmos jovens que têm grandemente contribuído para encher as “vagas” de pós-graduações, para além de formações avançadas diversas. São eles os grandes contribuintes financeiros das empresas de “formação avançada”. Sem grande consciência da máquina comercial que medeia a “indústria das formações”, assim como das necessidades financeiras das universidades que criam mais e mais pós-graduações, os jovens recém licenciados, enchem os seus currículos de mais e mais certificados com vista ao preenchimento de uma qualquer falha narcísica mais primitiva.
Quer isto dizer que, aparte a grande necessidade de formação contínua e avançada, há uma grande indústria de formação profissional e académica que tende a encher-se de dinheiro a partir dos bolsos dos pais dos jovens inseguros. Que grande ilusão! Mais e mais certificados não irão trazer o merecido emprego. Irão somente contribuir para dar mais competências a jovens que irão mais certamente realizar actividades não qualificadas. Irão também contribuir para a multiplicação de mestres e doutores num país que valoriza cada vez menos essas qualificações e emprega cada vez menos licenciados.
É preciso agir face a tal oferta de formações. É preciso agir no sentido de informar, alertar os formandos para a realidade da máquina comercial que medeia as escolas e institutos de formação avançada. A formação é fundamental, mas deve ser bem gerida e adequada às reais necessidades dos formandos e do mercado a que as mesmas se destinam.
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Publicado parcialmente no site do Expresso (Cartas dos Leitores)