É sobejamente conhecido que, no nosso país lusófono, a vida de um fisioterapeuta não é fácil. Temos as questões da autonomia profissional, do reconhecimento pelos pares, do prestígio junto dos doentes e comunidade em geral, etc. Mas se há algo de que os fisioterapeutas não têm falado muito, mas penso que permanece silenciosamente como um assunto que a todos interessa, é da questão do assédio moral.
O assédio moral, também conhecido por mobbing ou terrorismo psicológico, constitui um fenómeno de contexto laboral de grande importância. Quantos fisioterapeutas não são constantemente fustigados pelos colegas, pelos responsáveis, ou por profissionais de outras áreas (como os médicos)? Quantos fisioterapeutas não são privados da sua autonomia – chegando a ser apelidados de incompetentes – pelos próprios colegas ou pelo coordenador de serviço ou mesmo pelo médico fisiatra que se acha dono e senhor da vida do doente? A resposta a estas perguntas permanece num terreno obscuro, apesar de todos pressentirmos que os diferentes tipos de assédio moral são bem comuns na vida dos fisioterapeutas.
Ainda me lembro – e seria impossível esquecer – do tipo de assédio a que fui sujeito no serviço de fisioterapia do Hospital Cuf Infante Santo, local onde as terapeutas mais velhas – serão mais idóneas pelo simples facto de possuírem mais experiência? – desprezavam e maltratavam os terapeutas com menos idade. É impossível esquecer o carácter quase psicótico que uma certa terapeuta coordenadora possuía, sendo que a mesma era inclusive capaz de enxovalhar um terapeuta à frente do próprio doente. Eu fui vítima de muitos desses maus tratos por parte das coordenadoras do citado serviço. E no dia em que uma dessas velhas senhoras tentava controlar desenfreadamente o meu trabalho – assumindo uma posição de controlo dos meus doentes, das suas idas e das suas chegadas – disparei numa reacção abrupta mas justa. Isso levaria a que eu fosse alvo de acusações de falta de profissionalismo e falta de ética. Ninguém me apoiou e todos esconderam a “face da verdade” no momento chave. Pudera... o serviço era caracterizado pelo medo!... Tudo isto levou a que não quisesse continuar a trabalhar em tal local. E provocou certas feridas que duraram a passar.
Quantos mais fisioterapeutas viverão situações semelhantes? Quantos dos nossos colegas não sofrerão de forma silenciosa? Quantos dos terapeutas não viverão em situações laborais radicais, sendo que se mantêm a trabalhar nesses mesmos meios pelo simples facto de não conseguirem emprego em qualquer outro lugar?... Penso que muitos!!! E é por isso – a objectividade total em ciência é impossível – que escolhi como tema de tese do meu mestrado em “Psicologia, desenvolvimento sensorial e cognitivo” o seguinte: “Assédio moral (mobbing) nos fisioterapeutas portugueses: Identificação do fenómeno e das consequências cognitivo-emocionais”. Com este estudo, visarei não só identificar e caracterizar o fenómeno junto dos fisioterapeutas portugueses, como tentarei estudar as estratégias cognitivas arroladas pelos mesmos para fazer com que seja evitado o processo de “dissonância cognitiva”. Em breve, falarei mais deste tema. Em breve, será um dos grandes temas da minha vida!...
O assédio moral, também conhecido por mobbing ou terrorismo psicológico, constitui um fenómeno de contexto laboral de grande importância. Quantos fisioterapeutas não são constantemente fustigados pelos colegas, pelos responsáveis, ou por profissionais de outras áreas (como os médicos)? Quantos fisioterapeutas não são privados da sua autonomia – chegando a ser apelidados de incompetentes – pelos próprios colegas ou pelo coordenador de serviço ou mesmo pelo médico fisiatra que se acha dono e senhor da vida do doente? A resposta a estas perguntas permanece num terreno obscuro, apesar de todos pressentirmos que os diferentes tipos de assédio moral são bem comuns na vida dos fisioterapeutas.
Ainda me lembro – e seria impossível esquecer – do tipo de assédio a que fui sujeito no serviço de fisioterapia do Hospital Cuf Infante Santo, local onde as terapeutas mais velhas – serão mais idóneas pelo simples facto de possuírem mais experiência? – desprezavam e maltratavam os terapeutas com menos idade. É impossível esquecer o carácter quase psicótico que uma certa terapeuta coordenadora possuía, sendo que a mesma era inclusive capaz de enxovalhar um terapeuta à frente do próprio doente. Eu fui vítima de muitos desses maus tratos por parte das coordenadoras do citado serviço. E no dia em que uma dessas velhas senhoras tentava controlar desenfreadamente o meu trabalho – assumindo uma posição de controlo dos meus doentes, das suas idas e das suas chegadas – disparei numa reacção abrupta mas justa. Isso levaria a que eu fosse alvo de acusações de falta de profissionalismo e falta de ética. Ninguém me apoiou e todos esconderam a “face da verdade” no momento chave. Pudera... o serviço era caracterizado pelo medo!... Tudo isto levou a que não quisesse continuar a trabalhar em tal local. E provocou certas feridas que duraram a passar.
Quantos mais fisioterapeutas viverão situações semelhantes? Quantos dos nossos colegas não sofrerão de forma silenciosa? Quantos dos terapeutas não viverão em situações laborais radicais, sendo que se mantêm a trabalhar nesses mesmos meios pelo simples facto de não conseguirem emprego em qualquer outro lugar?... Penso que muitos!!! E é por isso – a objectividade total em ciência é impossível – que escolhi como tema de tese do meu mestrado em “Psicologia, desenvolvimento sensorial e cognitivo” o seguinte: “Assédio moral (mobbing) nos fisioterapeutas portugueses: Identificação do fenómeno e das consequências cognitivo-emocionais”. Com este estudo, visarei não só identificar e caracterizar o fenómeno junto dos fisioterapeutas portugueses, como tentarei estudar as estratégias cognitivas arroladas pelos mesmos para fazer com que seja evitado o processo de “dissonância cognitiva”. Em breve, falarei mais deste tema. Em breve, será um dos grandes temas da minha vida!...