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sábado, março 01, 2025

Biofeedback

 (Regressando ao baú de memórias, resgato de um trabalho do último ano de curso - 2002/2003 - a parte correspondente ao "Biofeedback", servindo de "introdução" aos interessados.)

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O Biofeedback pode ser visto como um dos principais instrumentos que concorrem para a objectivação dos resultados do treino de relaxamento (Cravo, 1997). Por outro lado, o Biofeedback é, igualmente, perspectivado na sua componente de tratamento alternativo da ansiedade e da noção corporal diminuída. 

De acordo com Cravo (1997), nos anos 40, o psicólogo Neal Miller descobriu que os ratos são capazes de alterar propositadamente a sua frequência cardíaca e pressão sanguínea, de modo a obterem uma recompensa. Esta ideia de autocontrole dos sistemas corporais involuntários originou as bases para a utilização do Biofeedback.  

O Biofeedback assenta na hipótese de que somos capazes de estabelecer um controle selectivo da tensão muscular, da temperatura da pele e da quantidade de suor produzido. 

Para Braveman (1992), o Biofeedback refere-se ao uso de aparelhos electrónicos, os quais cedem informação de retorno ao organismo (auditiva, verbal ou visual), acerca da forma como este está a funcionar. Através dessa informação, os indivíduos são capazes de direccionar os seus pensamentos conscientes e controlar o que normalmente está fora do seu controle.  

Braveman (1992) define Biofeedback como o uso de instrumentos de monitorização (normalmente eléctricos) para detectar e amplificar os processos fisiológicos internos, com o fim de transformar a informação interna (normalmente inacessível) em informação acessível ao indivíduo.

O Biofeedback possui uma eficácia comprovada na diminuição da ansiedade, pois consiste num conjunto de procedimentos de medição e retroalimentação do indivíduo, permitindo a este a aquisição do autocontrole de processos fisiológicos. 

O Biofeedback pode ajudar as pessoas a desenvolver uma maior consciência, confiança e aumento do controle voluntário sobre os seus processos fisiológicos, permitindo aos mesmos sujeitos a aprendizagem e a aplicação de comportamentos, a fim de se prevenir ou reduzir os sintomas de ansiedade, e de modo a aumentar a noção de funcionamento corporal (Schwartz, 1995).

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Braveman, E. & Bravement, A. (1992). Biofeedback: a spiritual experience (Body, Mind and Spirit Connection). Total Health, 14 (4), 55.

- Cravo, M. (1997). Relaxamento de Laura Mitchell: efeitos da aplicação de uma sessão ao nível da reacção galvânica da pele e do estudo subjacente da ansiedade, em indivíduos com doenças do foro psiquiátrico. Monografia de final de curso. Alcoitão: Escola Superior de Saúde do Alcoitão.

Schwartz, L. (1988). A biopsychosocial approach to the management of the diabetic patient. Primary Care, 15, 409-421.


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